Quem sou eu

São Paulo, SP, Brazil
Serviço de Proteção Social, inaugurado em 20/04/2011, para atender crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual no distrito do Aricanduva, Penha, Moóca e Vila Prudente/Sapopemba. Com parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e com CREAS-Aricanduva, Amar e Proteger é um serviço criado pela ONG-União Social Brasil Gigante. Sua equipe formada por profissionais especializados em abuso sexual. Além do atendimento psicossocial, também desenvolve trabalho de prevenção nas escolas, UBS, abrigos e comunidade.

ENDEREÇO:

RUA PROF. CARLOS CALIOLLI, 84 - ARICANDUVA - SÃO PAULO - SP
TEL: (11) 2781-3586 OU (11) 2359-8446
E-MAIL: amareproteger@brasilgigante.org.br

sábado, 24 de setembro de 2011

Crimes contra a dignidade sexual


Durante os dias 26, 27 e 28 de setembro, às 13 horas, o Amar e Proteger irá receber a Dra. Ana Paula Gambini, advogada especialista criminal e também em abuso sexual, que irá realizar uma capacitação jurídica à toda equipe profissional, onde irá falar sobre a nova lei do estupro nº 12015.

Novidade!!!

Olá pessoal, estamos seguindo mais um blog criado por CEI Garatuja. O CEI Garatuja é o mais novo Centro de Educação Infantil que o Brasil Gigante criou para atender os pequeninos da região do A.E. Carvalho. Inaugurado em maio deste ano, o Garatuja presta serviço à comunidade da região, com a direção da nossa colega Pedagoga Isabela Reginato. Tem uma equipe de profissionais qualificados com atendimento à crianças de 0 à 5 anos. Preocupados por uma educação de qualidade e respeito com o desenvolvimento infantil, o CEI Garatuja vem para ajudar a melhorar a educação de nossas crianças e fazer a diferença. Participe deste blog e conheça mais sobre o serviço do Garatuja. O endereço eletrônico do blog é ceigaratuja.blogspot.com

FELIZ ANIVERSÁRIO!!

GORETTI!
NESTE DIA ESPECIAL, QUEREMOS LHE TRANSMITIR TODA A FELICIDADE QUE VOCÊ MERECE, AGRADECENDO SEMPRE O SEU CARINHO, SUA UNIÃO, SUA COLABORAÇÃO Á TODOS NÓS DA EQUIPE. QUE CADA VEZ MAIS NOSSA UNIÃO FAÇA A FORÇA , E QUE JUNTOS NESSA CAMINHADA POSSAMOS DESFRUTAR JUNTAMENTE COM VOCÊ DE GRANDES REALIZAÇÕES.
PARABÉNS.
BEIJOS DA SUA, DA NOSSA EQUIPE.
RE, NEUSINHA, CLAU, DANI, MARI, RO, KEU, ELIS E SHEILINHA.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Polícia investiga denúncia de tortura contra crianças em SP


 A polícia investiga uma denúncia de tortura contra crianças no Jardim da Saúde, região da Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. O vídeo, gravado por um vizinho com o telefone celular e entregue no início desta semana à polícia, mostra o cotidiano da mulher que tem a guarda provisória de cinco irmãos há quatro meses. O vizinho disse à polícia que foi ameaçado pela mulher e decidiu entregar as gravações.
Nas imagens, a mulher aparece segurando uma espécie de chicote. Ela discute e bate em um adolescente de 14 anos. Ela diz: “Eu mandei você ir aonde?”. O menino responde: “Na frente”. Ela ameaça: ”E você foi pra onde? Tira a mão que é pior. Levanta as duas mãozinhas pra cima. A professora mandou você sentar em que lugar?”. O menino volta a responder: ”Na frente”. A mulher continua: “E você foi pra onde? Falou que não ia sentar na frente.”
Em outra gravação, a vítima é um menino de 13 anos, irmão do que apanhou com o chicote. O mais novo, de apenas 3 anos, também não escapa das agressões e sofre chacoalhões.
Ela recebia R$ 750 para cuidar das cinco crianças. A mulher foi chamada à delegacia e o chicote, tipo "rabo de tatu", foi apreendido. O documento do Conselho Tutelar do bairro Cidade Ademar, na Zona Sul, afirma que "as crianças estavam em situação de risco". "Os pais são usuários de drogas e, por motivo de segurança, foram entregues", diz o texto.
O Conselho Tutelar de Vila Mariana também emitiu um termo de responsabilidade que diz que ela deveria zelar pelo bem estar das crianças. Um dos conselheiros, que não quis gravar entrevista, disse que, ao saber das agressões, encaminhou os cinco irmãos para um abrigo. Uma das crianças fugiu.
“São maus-tratos, lesões corporais de natureza grave e até mesmo tortura. São crimes extremamente graves”, afirmou o delegado Paulo Henrique Navarro.
A mulher não foi localizada pela reportagem para falar sobre o caso.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Homem usa Lei Maria da Penha para evitar agressões da ex-mulher


O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que uma mulher, moradora de Campo Grande, mantenha distância mínima de cem metros do marido, sob pena de pagamento de multa de R$ 1.000 e prisão em flagrante.
Justiça do Rio pune gay com base na Lei Maria da Penha
O desembargador Dorival Renato Pavan recorreu ao princípio de isonomia e aplicou a Lei Maria da Penha "por analogia e por via inversa", já que ele alegou ser vítima de agressões e humilhações.
Os dois foram casados por 18 anos. O tribunal não divulgou o nome dos envolvidos no caso. Em agosto, o homem entrou com pedido de separação de corpos e medida protetora de não aproximação. O pedido foi negado em primeira instância, sendo concedida apenas o afastamento conjugal.
Na quarta-feira (14), o advogado José Manuel Marques Cândia, que representa a vítima, entrou com a liminar, concedida na sexta-feira.
No recurso encaminhado ao tribunal, o homem alegou que sofria agressões verbais e físicas, sendo exposto constantemente ao vexame e humilhação. Os ataques aconteciam no local de trabalho dele e, em casa, na frente do filho adolescente do casal.
Ele anexou fotos que mostram marcas deixadas por ela no corpo dele. A vítima alegou ainda que a medida poderá evitar duas situações de risco: a de novas agressões por parte dela e de possível revide dele, com graves consequências.
O desembargador considerou ainda o caminho escolhido pela vítima: "(...) o agravante, ao invés de usar da truculência ou da violência, em revide aos ataques da mulher, vem em juízo e postula tutela jurisdicional condizente com a realidade dos fatos (...)".
O relator aplicou as disposições da Lei Maria da Penha, recorrendo ao princípio da isonomia. "(...) sem desconsiderar o fato de eu a referida Lei é destinada à proteção da mulher (...)", acrescentou Pavan. A mulher pode recorrer da decisão.
A subsecretária da Mulher e da Promoção da Cidadania do governo estadual, Carla Stephanini, não quis comentar diretamente esta ação, mas disse que há decisões semelhantes já tomadas pela Justiça no país.
Carla Stephanini diz que a Lei Maria da Penha é um instrumento de proteção da mulher e que o homem tem outros instrumentos jurídicos que podem ser usados em situações como esta. "Historicamente, a mulher é vítima da violência doméstica, a lei tem esta especificidade, está no espírito da criação."



COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CAMPO GRANDE

domingo, 18 de setembro de 2011

As crianças aprendem observando

Você já se ouviu dizendo para seus filhos algo que seus pais lhe disseram na infância? Já percebeu que toma as mesmas atitudes e muitas vezes tem as mesmas opiniões e hábitos de seus pais quando você era criança, embora tenha jurado que se tornaria diferente deles?
Agora que você é pai ou mãe, as coisas se inverteram. Seus filhos estão aprendendo com as suas expressões, suas opiniões e seus hábitos da mesma forma que você aprendeu com seus pais. E na maioria das vezes, nem você nem seus filhos percebem que estão fazendo isso. Pode ter certeza: você está no palco o tempo todo e seus filhos estão ali na plateia, bem na primeira fila.

Como possuem um desejo forte, quase inato, de se tornarem iguais aos pais, os filhos tendem a copiar o comportamento deles. Você pode constatar a força desta tendência ao espreitar crianças imitando os pais enquanto brincam. Muitas vezes, elas repetem literalmente o que ouvem deles. Quando essas palavras são espirituosas ou sábias, você sorri e sente orgulho, mas se são agressivas e entremeadas de palavrões, sua reação será diferente. Observe e reconheça seus comportamentos nos comportamentos dos seus filhos.

A maioria dos pais subestima o quanto seus filhos observam o que eles fazem e dizem. Muito comumente esquecemos do quanto eles estão nos ouvindo, mesmo quando preferíamos que não estivessem. Mas as crianças possuem um talento extraordinário para parecerem absortas em seus próprios pensamentos quando, na realidade, estão ligadas a tudo o que se passa ao redor. Você pode achar que seu filho está absorvido de tal forma em seu livro que não ouve vocês discutirem a precária situação financeira da família. Não tenha dúvida: ele está prestando atenção ao que vocês dizem e ao tom de voz, mesmo que não consiga entender o significado de tudo. Se houver um sinal de ansiedade ou de tensão na conversa, ele o captará.
E não pense que os filhos só observam os pais quando estão em casa. Fora de casa, eles os espreitam e aprendem também com seu comportamento. Seus filhos observam você na fila do supermercado, quando você fala com o porteiro do prédio, quando faz alguma reclamação e quando conversa com os pais dos amiguinhos deles no playground. Se você trata os outros com delicadeza, gentileza e cordialidade, eles provavelmente farão o mesmo. Se você ê rude, desagradável e arrogante, eles aprenderão que esta é a maneira correta de tratar os outros. É observando os pais que eles aprendem a se relacionar com as outras pessoas.
Esse aprendizado por observação continua durante toda a infância e a adolescência. Ao ficarem mais velhos, os filhos tendem a imitar seus pais de maneira menos explícita e o fazem de formas mais sutis. Mesmo que ele pareça não estar pensando em você, seu pré-adolescente ou adolescente sabe perfeitamente como você gasta o seu tempo livre, como se diverte e como lida com o estresse. Os adolescentes adoram verificar a diferença entre o que os pais dizem e o que, na verdade, fazem. Se os filhos veem o pai beber demais para enfrentar problemas, os sermões sobre os perigos da bebida causarão pouco ou nenhum impacto no comportamento deles.
Isso não quer dizer que os filhos sempre se tornam cópias fiéis de seus pais. Embora para eles os pais sejam os mais importantes modelos de comportamento, não são os únicos. As crianças aprendem com outros membros da família, com seus coleguinhas e com o que veem na televisão. Mas pode ter certeza: elas prestam muito mais atenção nos pais do que em qualquer outra pessoa, sobretudo antes da adolescência.
Você pode achar que não tem problema resolver as questões aos gritos, salpicar palavrões em sua fala, fazer comentários preconceituosos, gabar-se de fraudar seus impostos e, de vez em quando, beber além da conta. Mas, por favor, não faça essas coisas na frente de seus filhos.
Você pode viver seus medos e ansiedades irracionais, mas não existe motivo para transmiti-los a seus filhos.
Repito: as crianças aprendem muito mais observando os pais do que ouvindo seus sermões. Por isso, tenha muito cuidado com o que diz e o que faz quando seus filhos estiverem por perto porque, queira ou não, é observando os pais que eles aprendem.
LAURENCE STEINBERG




Filme: Sonhos Roubados

Agressividade na escola


Na escola: como lidar com comportamentos agressivos?
Christiane D’Angelo Fernandes e Maria Fernanda Souza*


Violência, agressividade e comportamento anti-social são importantes temas de reflexão e debate nos dias atuais, especialmente quando estão presentes no ambiente escolar.
Educadores e instituições de ensino deparam-se diariamente com situações onde tais comportamentos acontecem cotidianamente. Aprender a respeitar limites, regras e autoridade, trabalhar adequadamente em equipe, respeitar as dificuldades e limitações do outro, assim como ter atitudes de respeito, tornaram-se desafios tão importantes quanto a aquisição do conteúdo curricular básico.
Atitudes agressivas, uso do poder, intimidação de colegas e enfrentamento de professores e funcionários parecem não ter limites. Tudo isto contradiz os propósitos essenciais da escola de educar e socializar, trazendo prejuízos individuais e coletivos, além de instalar um clima de temor e distância entre aqueles que deveriam ser parceiros no processo educativo: o professor e o aluno.
A socialização do aluno é um processo gradual, que deve ser construído nos diversos ambientes em que as crianças e os adolescentes estão inseridos. Vários fatores são determinantes para que este processo ocorra: educação familiar, acesso à educação formal, convívio com outros grupos sociais - parentes, vizinhos, igreja etc. -, acesso à cultura, entre outros. Fatores biológicos, questões culturais, histórico familiar (hereditariedade e referencial de educação), condição sócio-econômica e condições adequadas de saúde também interferem neste processo. Os fatores biológicos vêm sendo investigados por profissionais de saúde mental e têm forte influência no padrão de comportamento do indivíduo.


Outros fatores que norteiam e promovem o processo de socialização são: as condições de saúde mental da criança e de seus familiares, a construção de vínculo afetivo, a valorização do potencial da criança, o suporte emocional, a referência moral e ética de comportamento, a presença efetiva e adequada das figuras parentais e a segurança física e emocional.
A escola detém uma importante parcela na construção deste processo, pois oferece ao aluno a oportunidade de vivenciar situações tanto de “conforto” social como de desafio, colocando à prova suas habilidades sociais. A socialização e o processo de aprendizagem caminham juntos. Quando uma está comprometida, a outra tende a sofrer prejuízos, pois a motivação, atenção e memória são pré-requisitos para ambas.
Comportamentos agressivos distanciam aqueles que deveriam ser parceiros no processo educativo: o professor e o aluno
É um grande desafio para os alunos tentar aprender em uma classe que apresenta um nível acentuado de conflitos, onde o professor tenta gerenciar a manutenção da ordem sem conseguir atender ao conteúdo curricular. Diante desta situação, encontram-se estudantes insatisfeitos, com seu potencial sub-utilizado, e professores desgastados, temerosos e com a saúde física e emocional comprometidas.


A construção do conceito de coletividade, o desenvolvimento da tolerância à frustração, a descoberta de formas saudáveis de resolver problemas e conflitos, o descobrir do “gostar de aprender” são, ao mesmo tempo, desafios e ferramentas à disposição da escola.
Uma das maneiras de tornar um aluno questionador e crítico, muitas vezes mal visto pelo educador, em um parceiro na sala de aula é oferecendo espaço e atenção, além de motivação. O professor deve valorizar o saber desse aluno, instigar sua curiosidade, propor diferentes formas de aquisição do aprendizado e estimular a pesquisa e investigação. Desse modo, a simples transferência de conhecimento é evitada e o aluno sai da posição de mero receptor de informações, transformando-se em parceiro.
Como fazer na prática?
Evidentemente há uma série de situações que facilitam ou dificultam o estabelecimento desta relação saudável entre professor e aluno, como a faixa etária, os recursos materiais e físicos do ambiente, a capacitação do educador e suas condições de trabalho. Mas determinadas orientações podem ser dadas de forma geral.
O professor necessita da colaboração da família e da instituição de ensino para desempenhar plenamente seu papel
A colaboração do professor de educação física, por exemplo, em atividades dirigidas que impliquem as mais diversas disciplinas, a utilização de jogos e brincadeiras como forma de aprendizado, a realização de dinâmicas de grupo, a utilização de recursos diversos como música e as mais variadas expressões artísticas e esportivas, a elaboração de eventos culturais, saídas pedagógicas, construção de informativos de interesse e com a participação dos alunos, elaboração de melhorias na própria escola, são alguns possíveis motivadores para a mudança da postura social de um aluno.


Também são facilitadores do processo de socialização a construção coletiva de regras de convivência, a elaboração e apresentação diária da rotina da classe, o planejamento de aulas criativas e motivadoras, o reforço positivo, a busca por outras formas de resolução de conflitos e de expressão de sentimentos, assim como o contato freqüente com a família. O comportamento do professor é referência dentro da sala de aula, mas o profissional necessita da colaboração da família e da instituição de ensino para desempenhar plenamente seu papel.
A agressividade, a violência e o comportamento anti-social não apresentam razão única e definida. A solução para estes problemas também não será alcançada por uma única frente. Estudos, reflexões e ações que visem minimizar as causas e promover o desenvolvimento emocional, social, moral e cognitivo da criança devem ser elaborados por meio da parceria entre educadores, profissionais da saúde, do serviço social, do direito e das demais áreas implicadas na promoção do bem-estar e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

*Christiane D’Angelo Fernandes é educadora, coach e diretora-executiva do SINAL – Socialização da Infância e Adolescência Laborada; Maria Fernanda Souza é Pedagoga e Psicomotricista do SINAL

Perguntas freqüentes sobre violência contra criança e adolescente*


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
1. Como solucionar o problema da violência doméstica e familiar? A escola pode ajudar?Segundo Eva Faleiros, é importante distinguir a violência doméstica (VD) da violência familiar (VF). A VD refere-se ao lugar onde ela ocorre, ou seja, na casa, no lar. A VF diz respeito à natureza dos laços parentais que unem as vítimas e os autores da violência. Elas não são sinônimos, pois, na VD, podem viver e sofrer algum tipo de violência pessoas que não pertencem à família, como empregadas domésticas e agregados. O Ministério da Educação (MEC) produziu um livro intitulado Formação de Educadores (as) - Subsídios para Atuar no Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes do Projeto Escola que Protege para capacitar professores nas diversas formas de violência. Infelizmente, esta edição está esgotada, esperando uma segunda edição.
2. Muitas vezes a violência doméstica é invisível para a escola. Como a escola pode contribuir na prevenção e repressão a este tipo de violência?O problema parece invisível mesmo. Entendemos que o professor pode ficar com medo, ou não ter respaldo para fazer algum tipo de notificação. Ao compreender esta dificuldade, o MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância (SECAD), está capacitando profissionais que atuam com crianças e adolescentes (professores, conselheiros tutelares, assistentes sociais etc.). Assim eles terão subsídios para atuar no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, dentro do Projeto Escola Que Protege. Já são mais de 90 municípios atingidos e 4 mil profissionais capacitados em todo o Brasil. Sabemos que é pouco, mas todos estão conscientes e engajados nesta temática tão importante da prevenção de todas as formas de violência.

VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL
1. Como trabalhar a temática da violência física e sexual nas escolas?
Este tema ainda é tabu. As escolas, muitas vezes, não querem entrar na temática de orientação, abuso e exploração sexual, embora estejam presentes no dia-a-dia desse ambiente. O professor também não possui, em geral, orientação de como fazê-lo. O MEC, por meio de programas de capacitação tem abordado essas temáticas, que deverão ser discutidas cada vez mais nas escolas. O professor não conseguirá sucesso de seus alunos apenas com boa didática e ótima aula. Não há outro jeito a não ser bater de Secretaria em Secretaria, de escola em escola e conscientizar os gestores sobre o assunto.
Alguns estados estão mais avançados nessa temática do que outros. É preciso sensibilizar a sociedade e os gestores e não desistir nessa importante tarefa. A SECAD trabalha cada vez mais com essa temática e, em breve, ações preventivas e socioeducativas estarão presentes em São Paulo e em todo país.

2. Quando um aluno é perseguido pela comunidade escolar por sua opção sexual, qual procedimento deve ser tomado?
Ele deve procurar imediatamente o Conselho Tutelar, pois uma de suas atribuições é a garantia dos direitos das crianças ou adolescentes.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
1. Como defender crianças e adolescentes da violência psicológica nas escolas? É possível expulsar alunos de uma escola sem dar qualquer explicação?
Sem dúvida esta é uma forma de violência psicológica das mais graves. O MEC não possui poder fiscalizador sobre as escolas. As mesmas pertencem às redes particulares e públicas (municipais e estaduais). O que o poder público federal pode e vem fazendo é a capacitação de professores. Dentro do Ministério foi criada uma secretaria (SECAD), em que a questão de violação de direitos recebeu destaque, sendo, inclusive, tema de capacitação de professores dentro do Projeto Escola que Protege. Penso que a questão jurídica deve ser avaliada, pois é caso de indenização por danos morais e psicológicos. Como diz o Estatuto da Criança e Adolescente no seu artigo 5º: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

VIOLÊNCIA E INDISCIPLINA DOS ALUNOS
1. Como resolver os problemas da violência e da indisciplina de crianças e adolescentes nas escolas?
Atualmente, vive-se um novo paradigma. As famílias terceirizaram a educação de seus filhos para a escola que, por sua vez, não pode devolver esta responsabilidade para as famílias. A escola não está preparada para receber os alunos em geral, quanto mais os que estão em cumprimento de medidas socioeducativas. Contudo, existem várias ações no sentido de mudar esta ordem instituída. A Secretaria Especial de Direitos Humanos tem discutido com o MEC um sistema para os adolescentes em conflito com a lei que precisam de escola e atividades de contra turno. Hoje existe uma grande discussão sobre a necessidade de haver mais tempo dentro da escola, educação integral ou atividades complementares à escola. Sabe-se que é difícil a realização do turno integral, mas existem modelos em que espaços comunitários podem ser aproveitados e a comunidade é envolvida. Por exemplo, a Escola Aberta e Ações Educativas Complementares, dentre outros.

2. Como combater as brigas nas escolas?
A escola tem que reavaliar seus métodos pedagógicos de modo a contribuir para a detenção da violência. É preciso procurar analisar o histórico familiar dos alunos e articular ações conjuntas com a família envolvida e demais profissionais atuantes na rede local de proteção à criança e ao adolescente, tais como assistente social, psicopedagogo, orientador educacional etc.

3. Não seria sonhar demais ter nas unidades escolares, além de educadores, psicopedagogos, assistentes sociais e psicólogos? E como deve se dar a participação dos pais nos Conselhos de Escola e nas Associações de Pais e Mestres?
Acredito que não é sonho imaginar uma escola com todos os profissionais citados acima. Algumas já possuem, em seu quadro, muitos educadores qualificados. Este é um caminho que o MEC tenta traçar, mas todos reconhecemos as dificuldades. Infelizmente se anda a passo de formiguinha, mas o importante é não deixar de acreditar que é possível construir uma escola capaz de lidar com todas as situações que envolvem seus alunos. Também pode-se dizer que as Associações de Pais têm papel fundamental para o bom funcionamento da escola, uma vez que a integração das famílias com a escola torna pais e alunos responsáveis pela instituição de ensino. Quanto às pressões de pais envolvidos em brigas dos filhos, é absolutamente normal, desde que não ultrapassem a linha da razão.

4. É dever de quem separar as brigas dos adolescentes nas escolas?
Quando esse tipo de atitude acontece no ambiente escolar é problema de todos. É preciso distinguir se foi um fato isolado ou se é freqüente. Os alunos devem ser chamados para identificar o problema e a escola deve comunicar os fatos ocorridos aos pais. Se as brigas persistirem, os adolescentes podem ser incluídos em programas assistenciais e os Conselhos Tutelares podem ser envolvidos. Já existem, em algumas escolas, o Batalhão Escolar, formado por profissionais da Polícia Militar capacitados para lidar com esta temática e que auxiliam no controle da violência nas escolas. Realmente isso seria o ideal para todos.

5. Algumas crianças realizam atos contra colegas que seriam considerados crimes se fossem adultas. O que fazer para proteger as vítimas?
Exemplos:
a) praticam atos libidinosos com outra sem seu consentimento
b) são violentas na sala e desagregadoras a ponto de impedirem que as demais possam exercer o direito de estudar
c) agridem o professor, deixando-o com seqüelas físicas

O ECA garante no seu artigo 53 o direito de TODAS as crianças e adolescentes à educação.
Quando falamos em ato infracional de crianças e adolescentes existe a aplicação das medidas de proteção previstas no ECA, artigo 101. Estas devem ser aplicadas somente por autoridades competentes. Para os adolescentes que praticam ato infracional são cabíveis as medidas socioeducativas previstas no artigo 112 do ECA.

*As questões foram respondidas por Rochester
Alagia, coordenador do programa Escola que Protege -
do Ministério da Educação (MEC) -, durante o tira-dúvidas
no portal Pró-menino. As respostas passaram por um processo
de edição. Para ler o texto na íntegra acesse o site do promenino.org.br

Nossa sugestão de filmes:

  • A Ira de um Anjo, A Mão do Desejo, A Sombra da Dúvida, Aborto Legal, Acidentes Mortais, Acusação, Ajudem minha Filha, Alma Selvagem, Bem-Amada, Blackout – Apague da Memória, Clara Cria Cuervos, Crianças de Domingo, Desafiando os Limites, Despertar de um Homem, Dias de Violência, Do que o Ódio é Capaz, Eclipse Total, Em Nome do Amor, Entre Elas, Falsa Moral, Fanny e Alexandre, Feios,Sujos e Malvados, Felicidade, Longa Jornada, Noite Adentro, Mamãe faz Cem Anos, Marcas do Silêncio, Menina Bonita, Meninos não Choram, Mentiras Inocentes, Minha Filha, Nó na Garganta, Noite de Fúria, Noites Tranqüilas, Nunca Fale com Estranhos, O Caso Eric Towsend, O Padre, O Porteiro da Noite, O que ficou na Lembrança, O Viajante, Os Silêncios do Palácio, Pai Patrão ,Paisagem na Neblina ,Papai me Machucou, Parente...é serpente, Presa do Silêncio, Providence, Quando se Perde a Visão, Regras da Vida, Segredo de Mary Reilly, Terapia do Prazer Testemunha do Silêncio, Traída pela Justiça, Três Semanas e uma Noite, Tristana, uma Paixão Mórbida, Um Dia para não Esquecer, Um Lugar para ser Amado, Violação Fatal, Retratos de uma Obsessão, Lembranças Macabras.A Excêntrica Família de Antonia 195. 98 min Mundial Filmes - A Família. América Vídeo Filmes - A Ira de um Anjo 1992. 100 min - A Maçã. 1998 - A Mão do Desejo. 1994 90 min Fast Filmes - A Sombra da Dúvida. 193 107 min Look Filmes - A Vida é Bela 1998 116 min - Aborto Legal (Profissionais de Sa´de) 32 min ECOS - Abuso Sexual 190 130 min. - Acidentes Mortais . Hallmark - Acusação. 132 min Top Tape - Ajudem Minha Filha. 1990 94 min - Alma Selvagem. 117 min. América Vídeo Filme - Bad Boy. 110 min Top Tape - Beloved – Bem amada. 1998 171 min - Blackout – Apague da Memória. 90 Paris Video - Central do Brasil 1998 112 min - Clara, 1988 108 min Warner Home Vídeo - Cria Cuervos 1976 105 min Look Videos - Crianças de Domingo 1992 118 min Top Vídeo - Desafiando os Limites, 1995 120 min Lumière Vídeo - Despertar de um Homem 1993 125 min Top Tape - Dias de Violência. Mundial Filmes - Do que o ódio é capaz. 1985 100 min Home vídeo - Doze Homens e uma sentença 1997 95 min 32 min - Eclipse Total 1995 132 min LKTel Vídeo - Em nome do amor 1996 120 min Hallmark - Entre Elas 1994 86 min Top Tape - Falsa Moral 1996 91 min Look Filmes - Fanny e Alexandre 1982 179 min Vídeo Pole - Feios Sujos e Malvados 113 min Flash Star Home vídeo - Felicidade 1998 - Festa de Família 1998 - Garota Interrompida - Leolo, Porque eu Sonho 1992 Top Tape - Lolita 1997 137 min - Lolita 1962 152 min Preto e Branco 1993 - Longa Jornada noite adentro 1962 136 min Paris Vídeo Filmes - Mamãe faz cem anos 1990 100 min Look Vídeo - Marcas do Silêncio 1996 104 min Paly Ate Home Vídeo - Menina Bonita. - Meninos Não Choram - Mentiras Inocentes, 1995 88 min Top Tape - Minha Filha. - Na corda bamba.1997 - Nasce uma cantora – morre um sonho 1988 100 min Alvorada - Nó na garganta - Noite de Fúria 1995 100 min Betta Entertainment - Noites Tranquilas - Nunca Fale com Estranhos 102 min Home Vídeo/Columbia Tristar - O caso Eric Towsend 94 min. Axis Films - O clube de felicidade e da sorte Abril Vídeo - O Padre 1995 105 min Top Tape - O porteiro da noite 1974 115 min Jovem Pan - O que ficou na lembrança 1998 94 min - O viajante 113 min Paris vídeo filmes - Os silêncios do palácio 1994 127 min - Pai Patrão 113 min F. J. Lucas vídeo - Paisagem na neblina 1988 126 min look Video - Papai me machucou 1990 94 min CIC Vídeo - Parente ... é serpente 1993 100 min look Filmes - Presa do Silêncio 1986 104 min Nacional Vídeo - Providence 1977 104 min Look Video - Quando se perde a ilusão - Querem me Enlouquecer 1987 116 min - Rainha bandida 194 119 min Flahs Star Home video - Regras da Vida - Segredo de Mary Reilly 108 min Columbia Star - Série Caminhos Lacri 1993 www.usp.br/ip/laboratorios/lacri - Shine 1996 130 min Abril Video - Tempo de Matar 150 min Warner - Temporada de Caça 1997 113 min Europa Filmes - Terapia do Prazer - Terras perdidas 1999 106 min Warner home video Brasil - Testemunha do silêncio 1994 103min Warner home video Brasil - Traída pela justiça 1994 95 min Califórnia home vídeo - Três semanas e uma noite 99 min Abril Vídeo - Tristana, uma paixão mórbida 1970 105 min F. J. Lucas/Concorde - Um dia de Fúria 1992 113 min Warner Bros. - Um dia em Nova York 1996 120 min. - Um dia para não esquecer 1991 90 min Vídeo Arte do Brasil - Um lugar para ser amado, a verdadeira historia de Gregory Kingsley 1993 95 min Sunset Filmes - Violação Fatal 1989 98 min Vídeo Ban Discovídeo - Virgínia 100 min NTSC - O amor e a Fúria (Violência Doméstica) - Casa de Vidro - A Voz do Coração p/ educadores – disciplina - O Lenhador (pedófilia) - O inimigo em casa – Violência psicológica - O silêncio de Melinda – Abuso sexual para professores