Quem sou eu

São Paulo, SP, Brazil
Serviço de Proteção Social, inaugurado em 20/04/2011, para atender crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual no distrito do Aricanduva, Penha, Moóca e Vila Prudente/Sapopemba. Com parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e com CREAS-Aricanduva, Amar e Proteger é um serviço criado pela ONG-União Social Brasil Gigante. Sua equipe formada por profissionais especializados em abuso sexual. Além do atendimento psicossocial, também desenvolve trabalho de prevenção nas escolas, UBS, abrigos e comunidade.

ENDEREÇO:

RUA PROF. CARLOS CALIOLLI, 84 - ARICANDUVA - SÃO PAULO - SP
TEL: (11) 2781-3586 OU (11) 2359-8446
E-MAIL: amareproteger@brasilgigante.org.br

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

“As escolas não estão preparadas para lidar com assuntos de violência e exploração sexual”, afirma professora

A garota de 11 anos morava com os pais e três irmãos em uma comunidade litorânea em Natal, Rio Grande do Norte, e viviam com cerca de um salário mínimo, proveniente de programas de transferência de renda. Apesar do pai alcoolista praticar violência física e psicológica contra a família, a menina era boa aluna, tinha o histórico de pontualidade, assiduidade e cumprimento das normas escolares. Mas seu comportamento mudou de repente. Com sucessivos sumiços de casa, faltas na escola e frequentes brigas pelo bairro e na sala de aula, a mãe suspeita que a filha estivesse induzida ao uso de drogas e sofrendo exploração sexual por pessoas da comunidade, traficantes e estrangeiros.

“Eu sei que uma criança sofreu algum tipo de violência porque é notável o rendimento escolar dela cair automaticamente, sem exceção”, afirma convicta a professora Juliana Delmonte, que dá aula de quinta série a terceiro ano do ensino médio numa escola estadual no Butantã, em São Paulo. “Essas meninas faltam muito. Ou a escola perde o sentido e elas a abandonam, ou a escola acaba fazendo muito sentido porque é o único ambiente onde elas não são violentadas”.
A professora é conhecida por coordenar o Grupo de Estudos Feministas Gilka Machado, nascido em 2011 numa escola em Interlagos e vencedor do prêmio nacional Construindo a Igualdade de Gênero, do mesmo ano. Divididas em dois grupos de 20 meninas cada, as garotas, vivendo num lugar onde a violência doméstica ou sexual é comum, discutem preconceito contra a mulher no cotidiano, a mulher na mídia e na política, machismo, violência e outros temas similares.
Segundo ela, o quadro é recorrente em classes mais pobres e não há nenhum material que aborde o assunto. “De forma alguma a escola está preparada. Os professores, geralmente quando não se omitem, corresponsabilizam e culpabilizam a vítima. A única ação que podemos fazer quando descobrimos algum caso de violência sexual é denunciar e encaminhar para o Conselho Tutelar, não depende só da instituição de ensino”, explica Delmonte.
Números crescentes
O aumento do número de denúncias é significativo. De janeiro a abril de 2012, o Disque 100 recebeu 34.142 denúncias referentes à violação de direitos humanos contra crianças e adolescentes, representando 71% de aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. Desde março de 2011, o atendimento do Disque 100 foi ampliado, passando a funcionar todos os dias, 24 horas.
Segundo a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), de janeiro a setembro de 2012 foram registrados no país 6.637 casos de exploração sexual no Disque 100. Bahia lidera o número de denúncias recebidas, com 643 ligações (11,4% do total). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro com 540 denúncias (9,6%), e São Paulo, com 538 (9,5%). Roraima é o Estado com menos denúncias, apenas nove durante o ano. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que, em 2009 no Brasil, 100 mil meninos e meninas são vítimas de exploração sexual.
O caso da adolescente de Natal foi encaminhado e cuidado pelo Centro de Defesa da Criança e Adolescente - CEDECA Casa Renascer, uma organização sem fins lucrativos que atua desde 1991 em Natal, em defesa dos direitos de crianças e de adolescentes em situação de risco pessoal e social, principalmente aquelas violentadas sexualmente. Hoje, a jovem com 16 anos tem um filho, estuda, ajuda a mãe na produção de artesanatos e vive com a família na mesma comunidade de origem.
Porém, de acordo com o relatório do CEDECA, não há comprovação quanto à ressignificação da violência vivenciada por ela, considerando que o consumo de drogas e a exploração sexual só foram encerrados em razão da morte do agressor que aliciava a menina, e não em um processo de garantia do direito dessa adolescente. “Entende-se, portanto, que a violência a que esta adolescente foi exposta reflete a realidade de outras crianças e adolescentes na comunidade necessitando, assim, de ações efetivas por parte do sistema de garantia de direitos considerando a vulnerabilidade instalada”, conclui o documento.
Iniciativas de combate
O governo federal enfrenta essa questão por meio do Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que integra o Programa Avança Brasil. São realizados mais de 30 mil atendimentos anuais por meio das ações desenvolvidas no Programa Sentinela, com a criação de 25 Centros de Referência em 24 municípios no país.
Outra iniciativa federal é o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil, lançado em 2000 e articulado junto à sociedade civil organizada. O trabalho é responsável por estruturar políticas e serviços que garantam os direitos da criança e do adolescente, e possui eixos estratégicos que estabelecem metas, parcerias e prazos a serem cumpridos para reduzir os casos de abuso e exploração sexual e garantir o atendimento de qualidade para as vítimas e a suas famílias.
Criado pelo Conselho Nacional do SESI (Serviço Social da Indústria), com a contribuição de diversas instituições e profissionais que atuam nesse campo, o Projeto ViraVida atua desde 2008 oferecendo formação profissional e emprego a adolescentes e jovens, vítimas de exploração sexual, abrindo caminhos para uma mudar o enredo de suas vidas. O Programa foi iniciado em quatro capitais e hoje atende 1.238 alunos em 19 cidades. Desde a implantação em 2008 até outubro de 2012, 2.552 adolescentes e jovens haviam sido matriculados no ViraVida. A longo prazo, a perspectiva do SESI é levar o programa a todos os municípios atingidos por redes de exploração sexual.
Em âmbito estadual e presente em 30 municípios de São Paulo, o Projeto Ação Proteção busca articular, sensibilizar e capacitar os participantes do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) para enfrentar a violência sexual. O Projeto é uma iniciativa da Fundação Telefônica em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo e da ONG Childhood Brasil.

Promenino Fundação Telefônica 13/11/2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012


Prezados Parceiros e Colaboradores,

O Serviço de Proteção Social AMAR E PROTEGER estará realizando seu Iº Seminário no dia 26/10/12, no anfiteatro da UNIP-Tatuapé, das 8 até as 14 hs. Faça sua inscrição através dos nossos telefones 2781-3586 ou 2359-8446 ou preencha a ficha de inscrição em anexo e mande para este mesmo e-mail. O certificado será entregue no final do Seminário.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sancionada lei que aumenta prazo para justiça punir autores de crimes de exploração sexual


Ao participar de evento alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nesta sexta-feira (18), a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), destacou a importância da lei sancionada hoje pela presidenta Dilma Rousseff, que amplia o prazo para ação judicial contra autores de crimes de exploração sexual no país.
Segundo a ministra, a sanção da lei, que coincide com o dia 18 de Maio, que é uma data simbólica para a luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, demonstra o compromisso do governo brasileiro com a infância. “Esta lei é fundamental para que o judiciário brasileiro consiga punir, em tempo hábil, os autores de violência sexual contra nossas crianças e adolescentes. Este é um passo muito importante rumo à impunidade no Brasil”, destacou Rosário.
Oriunda de investigações da CPI do Senado sobre a Pedofilia, a Lei nº 6719/09 altera o Código Penal de modo a dar mais tempo à vítima e ao Ministério Público para iniciar a ação penal contra o agressor. No caso dos crimes de maior gravidade, como o estupro, a nova contagem da prescrição permitirá que a ação seja iniciada 20 anos depois da maioridade. Pela lei anterior, a prescrição conta a partir da data em que a violação foi cometida.
A nova lei, conhecida como Lei Joanna Maranhão em referência à nadadora que denunciou seu treinador, será uma importante ferramenta para enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes, especialmente aquela cometida por parentes e pessoas mais próximas, o que infelizmente acontece com mais frequência do que imaginamos.
Fonte: SDH - 18/05/2012 

Denúncias de violação de direitos humanos contra crianças e adolescentes aumentam 71% em 2012


Brasília – Apenas nos primeiros quatro meses de 2012, o módulo Criança e Adolescente do Disque 100 registrou um aumento de 71% das denúncias de violação de direitos humanos contra menores em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril deste ano, foram 34.142 denúncias contra 19.946 em 2011. Oito em cada dez vítimas são meninas. O serviço funciona 24h e nos sete dias da semana.
De janeiro a março deste ano, foram registradas 4.205 denúncias de violência sexual. No ano passado, foram mais de 12 mil registros. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, a média diária de denúncias aumentou de 84, em 2010, para 103 nos três primeiros meses de 2011.
São Paulo é o estado com maior incidência de denúncias (4.644), seguido pelo Rio de Janeiro (4.521) e Bahia (3.634). A região com maior número de relatos é a Região Sudeste (36,2% ), seguida do Nordeste (34,7%), Sul (11,3%), Centro-Oeste (9%) e, por fim, a Região Norte (8,8% ).
Nesse periodo, foram registrados 2.165 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes, sendo que os municípios com maior número de denúncias foram Salvador (81 denúncias), Manaus (67), Rio de Janeiro (66) e São Paulo (61). Também foram registrados 7.671 casos de abuso sexual. As cidades com maior incidência foram Salvador (346 relatos), Brasília (269), São Paulo (250) e Rio de Janeiro (236).
Amanhã (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, diversas atividades e ações de mobilização serão feitas pelo país, entre elas, a entrega de um manifesto contra a exploração sexual de menores a representantes da Frente Parlamentar Mista da Criança e do Adolescente.
As denúncias de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes são examinadas e encaminhadas para os serviços de atendimento e proteção, como os Conselhos Tutelares, órgãos da segurança pública e Ministério Público.
Fonte: Agência Brasil - 17/05/2012

Ministra pede mobilização nacional pelo fim da exploração sexual de crianças e adolescentes


O Brasil precisa sacudir sua rede de proteção no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e fazer desta bandeira uma política de Estado. A declaração é da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), que participou de ato alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nesta sexta-feira (18), na Câmara dos Deputados.
“É preciso produzir uma relação efetiva entre o Disque Direitos Humanos -Disque 100 - e os Conselhos Tutelares, com o monitoramento constante das políticas em prol das crianças e adolescentes”, afirmou a ministra, reforçando a importância do papel dos Conselhos Tutelares para a proteção das crianças e adolescentes.
Presente no ato, a secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da SDH, Carmen Oliveira apresentou o portal do Sistema Matriz Intersetorial de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, lançado oficialmente nesta sexta-feira.
O Sistema Matriz Intersetorial, uma realização da Universidade de Brasília em parceria com a SDH, é uma ferramenta estratégica de gestão pública, de triangulação de informações, que possibilita dar visibilidade quanti-qualitativa à exploração sexual de crianças e adolescentes e ao seu enfrentamento em âmbito federal, estadual e municipal.
“A Matriz possibilita transformar esse mapeamento em um grande portal de acesso público de controle social que se alinha a publicidade dada pela presidenta Dilma Rousseff com a lei de Acesso à Informação pública,” explica Carmen.
A embaixadora da Campanha de enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, a cantora Fafá de Belém, fez um apelo pra que as famílias e a sociedade fiquem atentos à qualquer mudança repentina de comportamento de crianças e adolescentes de seu convívio. Situações assim, podem ser sinais de que esta criança esta sofrendo algum tipo de violência sexual. Na dúvida, denuncie ao disque 100”, disse a cantora.
A poeta e atriz Elisa Lucinda, trouxe ao ato suas bandeiras de apoio à causa, emocionando os participantes ao falar das crianças. Elisa apresentou o Projeto Palavra de Polícia, outras Armas, que faz alusão à poesia e ao poder da palavra como instrumento de mudança.
O ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira e o coordenador-geral do Disque 100, Pedro Ferreira, apresentaram os dados do Disque Direitos Humanos, módulo Criança e Adolescente, referentes ao primeiro quadrimestre de 2012.
De Janeiro a Abril de 2012 o Módulo Criança e Adolescente recebeu 34.142 denúncias, que representa 71% de aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. Dentre os estados com maior incidência de denúncias estão os estados de São Paulo com 4.644 relatos, seguido pelo Rio de Janeiro com 4.521 e Bahia com 3.634 relatos de denúncias.
Mapa da exploração - A diretora geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento Souza, apresentou o levantamento conhecido como Mapear, que traz um retrato das principais rotas de exploração sexual de crianças e adolescentes pelo país. Juntamente com a base de dados do Disque 100, os levantamentos tem se mostrado como uma importante ferramenta para a gestão das políticas públicas de enfrentamento dessa grave violação aos direitos da infância e adolescência no Brasil.
Segundo Maria Alice, desde 2005 a PRF resgatou das estradas cerca de 3.251 crianças e adolescentes, rodando 70.000 KM, em rodovias federais de todo país.
Prêmio Neide Castanha - O ato marcou ainda a entrega da 2ª edição do Prêmio Neide Castanha, que reconhece pessoas físicas ou jurídicas que têm contribuído com a causa da infância no Brasil. Os vencedores da edição deste ano foram: Na categoria Boas Práticas - Angelo Moti, pelo Programa Escola de Conselhos, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Cidadania- premiando a psicóloga Maria Luíza Moura, pesquisadora e militante dos Direitos Humanos; Produção de conhecimento- premiando a publicação Disseminação da Metodologia do Programa de Assistência a Crianças e Adolescentes vítimas de Tráfico para fins de exploração sexual- Projeto Disseminação, do Instituto Aliaça; Protagonismo da criança e do adolescente- Programa de Apoio de Meninos e Meninas – Proame, do Cedeca Bertholdo Weber; Responsabilidade Social- que teve como premiada a empresa Atlantica Hotels International.
Fonte: SDH - 18/05/2012

Abuso sexual é o segundo maior tipo de violência


Abandono, negligência e agressões físicas também entram na lista das principais causas notificadas

A violência sexual em crianças de 0 a 9 anos é o segundo maior tipo de violência mais característico nessa faixa etária, ficando pouco atrás apenas para as notificações de negligência e abandono. A conclusão é de um levantamento inédito do Ministério da Saúde, que, em 2011, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. A violência sexual contra crianças até os 9 anos representa 35% das notificações. Já a negligência e o abandono tem 36% dos registros. Os números são do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) do Ministério da Saúde. O VIVA possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar a violência doméstica, sexual e outras formas (física, sexual, psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se tornou obrigatório a todos os estabelecimentos de saúde do Brasil, no ano passado.
Os dados preliminares mostram que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações, ficando atrás apenas da violência física (13,3%). Na faixa de 15 a 19 anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência física (28,3%) e da psicológica (7,6%). Os dados apontam também que 22% do total de registros (3.253) envolveram menores de 1 ano e 77% foram na faixa etária de 1 a 9 anos. O percentual é maior em crianças do sexo masculino (17%) do que no sexo feminino (11%).
A maior parte das agressões ocorreram na residência da criança (64,5%). Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o meio mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos o provável autor da violência era do sexo masculino. Grande parte dos agressores são pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.
“Todos os dias milhares de crianças e adolescentes sofrem algum tipo de abuso. A denúncia é um importante meio de dar visibilidade e, ao mesmo tempo, oportunizar a criação de mecanismos de prevenção e proteção. Além disso, os serviços de escuta, como o disque-denúncia, delegacias, serviços de saúde e de assistência social, escolas, conselhos tutelares e a própria comunidade, devem estar preparados para acolher e atender a criança e o adolescente”, afirma a diretora de análise de situação em saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta. “Este assunto deve ser debatido incansavelmente nas escolas, comunidades, família, serviços de saúde, entre outros setores da sociedade”, ressalta.
MONITORAMENTO – Os dados do VIVA, que foi implantado em 2006, são coletados por meio da Ficha de Notificação/Investigação individual de violência doméstica, sexual e/ou outras violências e é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Qualquer caso, suspeito ou confirmado, deve ser notificado pelos profissionais de saúde. “É importante lembrar que o ato de notificar é um exercício de cidadania que garante direitos de crianças e adolescentes e possibilita o planejamento e avaliação de políticas públicas de atendimento e enfrentamento das violências”, lembra Deborah Malta.
Em janeiro de 2011, o Ministério da Saúde universalizou a notificação de violências doméstica, sexual e outras agressões para todos os serviços de saúde, incluindo todas elas na relação de doenças e agravos, que são registradas no SINAN. Também se fortaleceu a ampliação da Rede de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde. Esses núcleos têm financiamento do Ministério da Saúde e são responsáveis, por meio das secretarias de saúde, por implementar ações de vigilância e prevenção de violências, identificar e estruturar serviços de atendimento e proteção às crianças e adolescentes em situação de risco. Só neste ano, o Ministério da Saúde já investiu R$ 25 milhões para as secretarias estaduais e municipais de Saúde para o desenvolvimento de ações de vigilância e prevenção de violências.
Fonte: Agência Saúde - 22/05/2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012


O Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com o apoio da Comissão Intersetorial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, iniciaram no domingo (13) as mobilizações em torno da campanha Faça Bonito. Proteja nossas Crianças e Adolescentes, alusivas ao 18 de Maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Na mobilização do 18 de Maio a sociedade é convidada a tomar parte do problema e a assumir sua responsabilidade diante do abuso e da exploração sexual contra crianças e adolescentes. Este ano, o Comitê Nacional ressalta as inúmeras violações que os grandes empreendimentos têm acarretado na vida de meninos, meninas, suas famílias e comunidades, sendo fundamental também que o movimento de defesa dos direitos de crianças e adolescentes se articule, se insira, participe e incida nesse debate, sobretudo em função das grandes-obras que já estão em curso no país e dos megaeventos que o Brasil irá sediar, como a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Disque Direitos Humanos (Disque 100), somente em 2011, realizou 242.921 atendimentos, sendo que, deste total, cerca de 40% referiam-se a denúncias. Desde sua criação (maio de 2003) a dezembro de 2010 o Disque 100 já recebeu e encaminhou mais de 145 mil denúncias em todo o país.
As denúncias registradas no Disque 100 são examinadas e encaminhadas aos serviços de atendimento, proteção e responsabilização do Sistema de Garantia de Direitos da Infância e Adolescência presentes nos estados e nos municípios brasileiros. Os principais parceiros são os Conselhos Tutelares, os órgãos da segurança pública (Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal) e Ministério Público.
Os números indicam a necessidade urgente de proteger essa parcela vulnerável da população. Os dados do Disque Denúncia, referentes ao período de janeiro a fevereiro de 2011, demonstram que a maior parte das vítimas de violência sexual é do sexo feminino, representando 78% das vítimas.
Por que 18 de Maio?
Esta data foi instituída a partir da lei nº 9.970, 17 de maio de 2000, porque no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), uma menina de apenas nove anos de idade, chamada Aracelli Cabrera Sanches Crespo, foi vítima de rapto, estupro e acabou sendo assassinada por jovens de classe média alta. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.
A intenção do 18 de Maio é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, tornando-se necessário garantir a crianças e adolescentes o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
Agenda
A programação nacional tem início no Rio de Janeiro, no dia 13 de maio, com a apresentação do Bandeirão da Campanha contra a Violência Sexual, no intervalo da final do Campeonato Carioca. O encerramento se dará no dia 18 de maio, em Brasília, com a cerimônia oficial de entrega da segunda edição do Prêmio Neide Castanha.
Confira, abaixo, a programação:
18 de maio de 2012
09h - Entrega oficial da segunda edição do Prêmio Neide Castanha.
Local: Brasília (DF)
Confirmações: facabonito@gmail.com
14h - Atividade de Mobilização contra a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, com participação da Caravana Siga Bem e presença de autoridades e artistas.
Local: Esplanada dos Ministérios, Brasília (DF)
Fonte: Portal Direitos da Criança, com informações da Rede Pró-Menino - 12/05/2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Hoje o AMAR E PROTEGER está completando um ano de atendimento. Foi um ano de muita conquista e vitória! Sua equipe realizou e vem realizando um excelente trabalho, com muito profissionalismo,  honestidade, ética, muito carinho e acima de tudo muito amor. Passou por diversos momentos de alegrias e tristezas, angustias, frustrações, decepções...mas junto, conseguiu superar todos os obstáculos que encontrou no caminho. O AMAR E PROTEGER do Aricanduva, hoje é referência no atendimento especializado, porque tem o respeito, carinho e admiração de todos que conhecem este maravilhoso trabalho que esta equipe vem realizando. Durante este ano, o AMAR E PROTEGER também foi responsável pela formação de outros profissionais que por aqui puderam passar, como também está ajudando na formação de novos profissionais tanto na área da saúde, da educação, do social e outras que trabalham com crianças e adolescentes. Sua missão é acolher para cuidar melhor! Parabéns à toda equipe do AMAR E PROTEGER! Vocês sabem fazer a diferença!


Goretti
Gerente

domingo, 22 de abril de 2012

Governo cria grupo para combater exploração sexual durante a Copa

Comitiva vai planejar ações de prevenção que serão desenvolvidas durante Mundial e Olimpíada




A Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Secretaria de Direitos Humanos vão formar um grupo de trabalho para planejar as ações de prevenção à exploração sexual e de proteção à mulher, que serão desenvolvidas na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016.
Um termo de cooperação nesse sentido foi assinado hoje (8), em Brasília, aproveitando a passagem do Dia Internacional da Mulher.
“A nossa determinação é que, nesses eventos, nós façamos campanhas contra a violência e contra o tráfico [de mulheres] e a exploração sexual”, disse a ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres, Eleonora Menicucci.
Segundo ela, além da demanda do próprio governo em se programar para combater a exploração sexual, também há uma necessidade de atender à recomendação da unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à causa feminina, a ONU Mulheres.
A entidade pede que o país coíba, durante os eventos, qualquer forma de violência contra as mulheres e a exploração sexual. “Não aceitamos que o país seja observado como destino de turismo para exploração sexual”, destacou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
O grupo de trabalho vai elaborar ainda políticas públicas específicas para mulheres idosas. “Nós não temos nada pensado para a mulher idosa”, constatou Eleonora Menicucci.
Segundo ela, até mesmo as políticas de saúde “param na menopausa”. A ministra explica que a principal razão da omissão é o fato de a população ser predominantemente jovem até há pouco tempo, com o envelhecimento aumentando recentemente. “A população do Brasil envelhece agora”, lembrou, ao comentar a mudança do perfil demográfico da população brasileira.
Outro tema em que o grupo de trabalho vai se debruçar é a proposição de políticas que garantam maior acessibilidade às mulheres com deficiência. “As enormes dívidas social e política começam pela falta de acessibilidade”, comentou a ministra de Políticas para as Mulheres.
Maria do Rosário destacou a importância de incorporar aos prédios, sejam públicos ou privados, o critério da acessibilidade. Para ela, “é importante que cada município tenha um conselho da pessoa com deficiência em funcionamento” para que nenhuma obra pública seja feita sem planejamento e, sempre, visando à acessibilidade.

Cidades-sedes da Copa concentram 72% das denúncias de abusos a menores

Em apenas um mês, 500 mil turistas deverão desembarcar no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014.
Além de movimentar a economia — estima-se que os visitantes estrangeiros desembolsem, no período, US$ 2,5 bilhões —, a mobilização da sociedade, a grande movimentação financeira e a alta concentração de pessoas acendem um sinal de alerta à rede de proteção a crianças e adolescentes.
Isso porque nessas ocasiões costumam crescer os casos de violências, como o trabalho infantil e a exploração sexual.
A necessidade do aumento no cuidado a esse público, nos próximos três anos, ganha relevância a partir dos dados recebidos pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) entre janeiro e março deste ano: 72,35% das denúncias de exploração sexual contra crianças e adolescentes feitas ao Disque Direitos Humanos (Disque 100) foram registradas nas 12 cidades-sedes da Copa (veja quadro).
A prevenção à exploração sexual deve atingir tanto os momentos preparatórios para o evento, como ambientes de trabalho que envolvem grandes construções, quanto o período do Mundial.
No primeiro caso, a preocupação da sociedade civil e do governo fundamenta-se em casos concretos, já observados em obras no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Um relatório feito a pedido do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pela diocese de Porto Velho (RO), por exemplo, denuncia que as obras das usinas Jirau e Santo Antônio resultaram, entre 2008 e 2010, no aumento de 18% na exploração sexual de crianças e adolescentes.
Além disso, de 2007 ao fim do ano passado, o número de estupros teve um crescimento de 208%.
Segundo a SDH, as ações de prevenção no contexto do trabalho tiveram início no ano passado.
“A secretaria já iniciou o processo de articulação nas empresas realizadoras de grandes obras de infraestrutura no país através da assinatura do pacto empresarial para a prevenção da exploração sexual contra crianças e adolescentes nas cidades onde ocorrem essas obras”, afirmou o órgão, por meio de nota. Segundo a SDH, o pacto foi assinado por 46 empresas ligadas à Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Fim do convênio

Para evitar o turismo com fins sexuais durante o período da Copa, o Ministério do Turismo (MTur) desenvolveu, em parceria com o Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (UnB), o Projeto de Prevenção à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo.
A iniciativa, que tem o objetivo de prevenir e denunciar os casos de exploração, foi responsável por capacitar, no ano passado, cerca de 400 multiplicadores nas 12 cidades-sedes da Copa e em João Pessoa (PB).
Além disso, 13 planos de trabalho estaduais foram elaborados — para cada um, o MTur disponibilizou R$ 120 mil.
Apesar da política inovadora, o convênio com o Centro de Excelência em Turismo, de R$ 3,7 milhões, foi finalizado em março deste ano. O ministério ainda não definiu se a parceria será renovada.
A coordenadora do Projeto no CET, Elisângela Machado, defende a priorização da temática.
“Por enquanto, a prioridade é o monitoramento das ações empreendidas nos estados. Outras ações podem ser pensadas com o Ministério do Turismo e outros parceiros poderão surgir. Somos entidades públicas e os cortes também chegam aqui.
Hoje, basicamente o recurso que temos está destinado ao ensino, não à extensão. Temos falta de recursos financeiros para continuar empreendendo novas ações.”
O projeto desenvolvido pelos parceiros integra o programa Turismo Sustentável e Infância, do MTur, que sofreu cortes de 2010 para 2011 — quando o orçamento da pasta diminuiu de R$ 8 milhões para R$ 5 milhões.
A secretária nacional de Políticas de Turismo, Bel Mesquita, enfatiza que a área será atendida, independentemente da redução das verbas.
“O ministério está prevendo pelo menos R$ 5,5 milhões anuais voltados ao enfrentamento da exploração sexual até a Copa. Vamos conscientizar cadavez mais para a necessidade de denúncia. Nós sabemos que o problema existe”, afirmou.

Até 10 anos de prisão

A exploração sexual de crianças e adolescentes é crime. Praticantes, aliciadores e facilitadores da ação criminosa, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, estão sujeitos a uma punição que pode variar de um a 10 anos de prisão, a depender do tipo: prostituição, pornografia, exploração sexual no contexto do turismo sexual e tráfico.(www.correiobraziliense.com.br)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Imagine-se numa sala do Tribunal de Justiça Criminal de São Paulo. Você veio assistir a uma sessão
de júri conforme edital a seguir. Enquanto aguarda vai recitando baixinho a balada por uma
criança morta, pensando nas trágicas consequências de chegar tarde.



A Criança e a Demora
(DES KNABEN WUNDERHORN)
Mamãe, mamãe, tenho muita fome
Dê-me um pedaço de pão ou eu vou morrer
Espere um pouco! Espere meu querido
Amanhã cedo nós iremos ceifar o trigo.
E quando o trigo foi ceifado
A criança se pôs a gritar:
Mamãe, mamãe,, tenho muita fome
Dê-me um pedaço de pão ou eu vou morrer
Espere um pouco! Espere meu querido
Amanhã cedo nós iremos sovar o trigo.
E quando o trigo foi sovado
A criança se pôs a gritar:
Mamãe, mamãe,, tenho muita fome
Dê-me um pedaço de pão ou eu vou morrer
Espere um pouco! Espere meu querido
Amanhã cedo nós iremos cozer o trigo.
E quando, enfim, o pão foi cozido
A criança jazia morta no caixão.
Gustav Mahler (1905)
Comentário de apresentação do disco A vida terrestre

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Governo vai reforçar campanha de combate ao abuso sexual de crianças

Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, divulgados pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, mais de 66 mil denúncias de violência sexual contra esse público foram apresentadas em quase oito anos de funcionamento do serviço Disque 100 no país. A maioria das vítimas é do sexo feminino, enquanto os infratores são em sua maioria homens.
Em Porto Velho, conforme dados parciais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de janeiro a 30 de setembro de 2011 foram registrados 357 casos, dos quais 181 foram estupros de adolescente, 110 estupros de vulneráveis (até 14 anos), 48 abusos de incapaz (até 14 anos e adolescentes com problemas mentais ou outra deficiência que a incapacita à resistência), 16 abusos sexuais e dois atentados violentos ao pudor, que a partir de agosto de 2009, com a Lei 12.015/2009, passaram a ser considerados estupro, mesmo sem a concretização do ato sexual.
A maioria dos casos geralmente ocorre ou é registrado nos períodos da manhã e tarde, quando os pais ou pessoa responsáveis pelos cuidados estão trabalhando fora de casa, e a criança ou adolescente fica exposta ao infrator, com predominância, segundo dados da DPCA, para membros da própria família, seguido de desconhecidos e vizinhos. A faixa etária das vítimas com maior incidência no período foi dos 14 aos 17 anos (99), seguida de 7 a 13 (95), não identificada (85) e de zero a 6 anos (65).
Já em 2012, os dados parciais apontam que foram feitas 32 denúncias pelo Disque 100, e 64 em março, incluindo também maus tratos. Com relação ao estupro, foram seis em janeiro e 11 em fevereiro.
A proposta do governo estadual é levar informações à população utilizando todos os meios de comunicação com vistas a incentivá-la a denunciar, mesmo que anonimamente, pelo Disque 110 (ou 190) e combater essa criminalidade hedionda, que acontece de duas formas: abuso e exploração, sendo a primeira quando um adulto utiliza o corpo de uma criança para praticar um ato sexual, e a segunda é quando uma criança é explorada sexualmente com a intenção de se obter lucro.
Histórico
O dia 18 de maio marca o desaparecimento, em 1973, da menina Araceli Cabrera Crespo, em Vitória (ES), encontrada morta seis dias depois, após ter sido espancada, estuprada e drogada numa orgia de drogas e sexo promovida por pessoas influentes da cidade. No peito, barriga e partes genitais da menina havia marcas de dentes, enquanto seu queixo foi deslocado com um golpe e o resto do corpo, o rosto principalmente, foi desfigurado com ácido.
Os acusados, liderados por Paulo Constanteen Helal, o Paulinho, e Dante de Brito Michelini, o Dantinho, eram conhecidos por sentir atração por crianças do sexo feminino que eram drogadas e violentadas em um casarão denominado, paradoxalmente, de Jardim dos Anjos e em apartamentos mantidos exclusivamente para festas de embalo. Eles ainda chegaram a ser presos, mas logo soltos. Em 1980 foram julgados e condenados, mas a sentença foi anulada.
Em novo julgamento, realizado em 1991 foram absolvidos. Apesar de o crime ter prescrito, ainda gera revolta e medo em Vitória.

Câmara instala CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Foi instalada nesta terça-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A CPI é baseada em denúncias e matérias veiculadas pela imprensa sobre turismo sexual e exploração sexual de meninos e meninas. O prazo de funcionamento da comissão é de 120 dias.
Foram eleitos: a deputada Erika Kokay (PT-DF) para presidente da comissão; o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) para primeiro vice-presidente; e o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) para segundo vice. A deputada Liliam Sá (PSD-RJ), autora do requerimento de criação da CPI, foi indicada relatora do colegiado.
Aumento de casos
Segundo Liliam Sá, o número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes só aumenta no Brasil. “São 937 municípios com casos de exploração sexual de menores comprovada, o que representa 17% de todas as cidades do País”, ressaltou. Ela afirmou que o problema atinge especialmente meninas, mas também meninos.
De acordo com a parlamentar, somente o serviço telefônico Disque 100, mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, registrou, entre 2003 e março de 2011, 52 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o País. “O Nordeste está em primeiro lugar no número de casos e, em seguida, o Sudeste”, relatou.
O deputado Luiz Pitiman lembrou que o problema também atinge o Distrito Federal. Matérias da Agência Brasil e do jornal Correio Brazilense mostraram, nesta terça-feira, agressão física e sexual, por parte de policiais militares, de meninos e meninas que vivem nas ruas do DF. As matérias mostram o conteúdo de vídeo produzido pela deputada Erika Kokay, no qual crianças e adolescentes não identificados acusam policiais de humilhação, espancamento e apropriação de pequenas quantias de dinheiro.
Kokay destacou que a exploração sexual de meninos e meninas envolve não apenas a discriminação de gênero, como a discriminação étnica e a desigualdade social. “O problema é sintoma de uma série de outras violências da nossa sociedade”, disse.
Decisão do STJ
Na reunião, diversos deputados, como Erika Kokay, Jean Wyllys e Mandetta (DEM-MS), manifestaram repúdio contra a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de inocentar homem acusado de ter estuprado três crianças, todas de 12 anos, pelo fato de elas se prostituírem. “A decisão colabora com a violência contra as mulheres”, afirmou Wyllys. Erika sugeriu que a CPI se reúna com o presidente do STJ para abordar o problema.
Roteiro de trabalho
Na próxima reunião da comissão, marcada para a terça-feira (10), será definido o roteiro de trabalho e será eleito o terceiro vice-presidente do colegiado.
Para Jean Willys, o foco principal da CPI deve ser a formulação de políticas públicas para enfrentamento do problema. O deputado Mandetta pediu que a exploração sexual na internet seja abordada nas investigações.
Conforme a relatora, a CPI deve trabalhar de forma articulada com a também recém-criada CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil.
Fonte: Agência Camara - 03/04/2012

terça-feira, 27 de março de 2012

A Assistência Social Precisa que você...envie uma mensagem
ao Secretário (Luta pelo reajuste)
O Amar e Proteger  solicita a todos que acessam nosso blog que colabore conosco em  busca de melhores condições para os serviços da assistência social para que as Organizações tenham condições de oferecer serviços de qualidade aos usuários e funcionários. Os convênios da Assistência Social com as Organizações estão todos defasados acarretando em sérias dificuldades para as Organizações  manterem os serviços em funcionamento. Partindo do pressuposto que as Organizações são filantrópicas e sem fins lucrativos elas apenas executam os serviços com o que lhes é repassado porém o que elas estão recebendo é insuficiente até para manter o RH que em praticamente todos os serviços estão acima do valor repassado devido
aos dissídios anuais que as Organizações são obrigadas pela Lei da CLT a repassar para seus funcionários e o não reajuste das verbas.

Por isto pedimos que colaborem!
Entrem no site abaixo e envie sua mensagem e estará colaborando com toda a população carente que necessita destes serviços.


Os reajustes dos convênios estão agora sendo tratado no Poder Executivo Municipal  
É hora de que o coletivo efetue a pressão necessária 
... mostremos a nossa força !!!!

* Envie um e-mail ao Sr Chamas da Secretaria de Planejamento!!! 

quinta-feira, 22 de março de 2012

SP: casos de crianças vítimas de abuso triplicam em hospital

O número de crianças vítimas de abuso sexual atendidas pelo Hospital Estadual Pérola Byington triplicou nos últimos 10 anos, segundo um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Em 2001, 352 casos de menores de 12 anos que sofreram esse tipo de violência foram registrados na unidade, que é referência em atendimentos do tipo na capital paulista e na Grande São Paulo. Já em 2011, esse número subiu para 1.088.
Entre adolescentes, com idades que variam de 12 a 17 anos, a quantidade de atendimentos cresceu 52% no período pesquisado. Se consideradas apenas as vítimas adultas, ou seja, com idade superior a 18 anos, o número total de casos caiu 40%.
Para Jeferson Drezett , médico e coordenador do Núcleo de Violência Sexual do hospital, a diferença na evolução das estatísticas referentes a vítimas adultas e crianças é decorrente da melhora nas políticas públicas relacionadas ao assunto. "Mulheres adultas têm, hoje, mais possibilidades de receber atendimento desse tipo perto de suas residências. Atualmente, diferente do que acontecia há algum tempo atrás, elas não precisam mais sair de regiões afastadas e vir para o Pérola Byington. Já quando se tratam de crianças e adolescentes, a quantidade de locais aptos a atender é bem menor e eles (os casos), em sua maioria, são direcionadas para cá", diz o médico.
Drezett lembra ainda que houve no Brasil uma mudança cultural nos últimos anos, que ajuda cuidadores de crianças, como pais e professores, a identificar sintomas de abuso sexual. "Esse tipo de violência era antes encarado de forma velada e hoje é repudiado publicamente. A mídia fala mais sobre o assunto. Além disso, as pessoas aprenderam que essa é uma situação que não pode ser tolerada e que, quando há conhecimento dela, precisa ser comunicada para romper com esse ciclo de violência."
Para o médico, não houve necessariamente, nesses 10 anos, um crescimento no número de casos e, sim, um aumento no número de abusos comunicados. "Apesar disso, acreditamos que para cada caso comunicado existem quatro que não chegam ao conhecimento de ninguém. Esses dados representam cerca de 20% de um suposto total", estimou.
O levantamento da secretaria aponta ainda que, se considerado o total de atendimentos do hospital, houve um aumento de 26,4% no número de mulheres vítimas. Já entre os homens, a quantidade triplicou. Em geral, somando vítimas de todas as idades e sexos, o crescimento em dez anos ficou em 37%.
Para identificar se há possibilidade de um menor estar sofrendo abuso sexual, o coordenador do Núcleo de Violência Sexual do hospital destaca como pontos a serem observados: mudanças abruptas de comportamento e queda no rendimento escolar sem explicação. Caso sejam identificadas situações assim, a orientação é para que seja feita uma tentativa de diálogo, de forma sutil, e que, confirmando-se a suspeita, se denuncie o caso para o Conselho Tutelar mais próximo. O comunicado pode sempre ser feito de forma anônima, ressalta Drezett.

21 de março de 2012

sábado, 10 de março de 2012


CNJ e conselho do Ministério Público discutem autorizações judiciais para o trabalho infantil

Brasília - A polêmica sobre a concessão de autorizações judiciais para que crianças com menos de 16 anos trabalhem voltou às pautas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Na semana passada, a corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, disse que solicitou aos tribunais de Justiça do país informações sobre as autorizações de trabalho expedidas para menores de idade.
A iniciativa foi anunciada após a ministra ter se reunido, na quarta-feira (29), com o procurador-chefe do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas, que entregou à ministra informações sobre os casos em que os próprios magistrados têm legitimado o uso da mão de obra de crianças e adolescentes, muitas vezes em atividades perigosas proibidas a menores de 18 anos. Varandas, que também se reuniu com o corregedor nacional do Ministério Público (MP), Jefferson Coelho, propôs que o CNJ e o CNMP atuem conjuntamente para conscientizar juízes e promotores a encerrarem essa prática, salvo em casos considerados excepcionais.
Conforme a Agência Brasil noticiou em outubro de 2011, mais de 33 mil autorizações de trabalho para crianças e adolescentes foram concedidas por juízes e promotores de Justiça no país entre 2005 e 2010. Após a divulgação dos números, a corregedora pediu mais informações ao Ministério do Trabalho e Emprego e ao Ministério Público do Trabalho, enquanto o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil cobrou que o CNJ impeça que os magistrados continuem autorizando crianças e adolescentes menores de 16 anos a trabalhar.
O assunto também foi discutido durante a sessão do CNMP, do último dia 28. Na ocasião, a conselheira Taís Ferraz propôs uma nova resolução para obrigar os integrantes do MP que forem favoráveis à concessão das autorizações a apresentarem à Comissão de Aperfeiçoamento da Atuação do Ministério Público da Área da Infância e Juventude os motivos que os levaram a tal decisão.
Os membros do MP são consultados durante os processos de análise dos pedidos de autorização judicial para o trabalho infantil e a proposta da conselheira é tornar públicas às razões que levaram a Justiça a autorizar menores de 16 anos a trabalhar, contrariando o que prevê a Constituição Federal.
Embora a Constituição proíba a contratação de menores de 16 anos para qualquer trabalho (exceto na condição de menor aprendiz, a partir dos 14 anos), é grande o número de alvarás envolvendo crianças abaixo dessa idade. Segundo os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, foram concedidas 131 autorizações para crianças de 10 anos, 350 para as de 11 anos, 563 para as de 12 anos e 676 para as de 13 anos.
A maioria dos alvarás autorizava o emprego dos jovens no comércio ou na prestação de serviços, mas há muitos casos de crianças trabalhando em atividades consideradas insalubres e, portanto, proibidas para quem ainda não completou 18 anos, como na agropecuária, fabricação de fertilizantes (onde há contato direto com agrotóxicos), construção civil, oficinas mecânicas e pavimentação de ruas.
À Agência Brasil, o chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Henrique Ramos Lopes, disse, em outubro, que a “assustadora” quantidade de autorizações judiciais configuram uma “situação ilegal, regularizada pela interpretação pessoal dos magistrados”. O então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que a situação é grave e fere a lei, enquanto a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, classificou as autorizações como “inconstitucionais”.
Já o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador Nelson Calandra, defendeu os juízes, alegando que a interpretação da Constituição exige “flexibilidade” por parte dos magistrados. “Ninguém deseja o trabalho infantil, mas juízes e promotores lidam com a realidade social e a realidade brasileira é que muitas famílias dependem do trabalho do menor”.
Fonte: Agência Brasil - 06/03/2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pai é detido no DF após bater com cinto no filho de três anos

09/03/2012 

JULIA BORBA
DE BRASÍLIA

O pai de uma criança de três anos foi detido em Brasília e levado para prestar esclarecimentos à polícia após bater no filho com cinto de couro, nesta quinta-feira (8), dentro da escola do menino.
De acordo com o delegado adjunto da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Rogério Borges Cunha, a cena foi presenciada por um policial militar, que também levava o filho para o colégio Santa Rosa. "A criança estava chorando e ele a levava pelo braço. Depois de dar palmadas, ele o levou para o banheiro do ginásio e bateu nele com a parte de couro do cinto", disse.

"Essas situações não são frequentes, mas acontecem. Incentivamos a população a denunciar, para que a polícia tome providências", acrescentou o delegado.Diante da situação, o policial se identificou e deu voz de prisão ao homem. Antes de chegar o reforço policial, o pai fugiu e levou a criança para casa. Ele foi localizado e levado à DPCA para prestar depoimentos. Outras duas testemunhas também foram à delegacia para falar sobre o caso.
O menino foi levado ao IML (Instituto Médio Legal). Foram constatadas pequenas escoriações nas pernas, acompanhadas de vermelhidão.
O pai foi indiciado sob suspeita de maus tratos e liberado logo após prestar depoimento. O colégio em que ocorreu o incidente é particular e fica na Asa Sul, área nobre de Brasília.
A direção da escola foi procurada pela Folha, mas não quis se pronunciar.
Do lado de fora, no entanto, há uma faixa convidando familiares e educadores para uma palestra sobre o tema "Educar para Amizade", que será ministrada no fim do mês.

Arquivo do blog

Nossa sugestão de filmes:

  • A Ira de um Anjo, A Mão do Desejo, A Sombra da Dúvida, Aborto Legal, Acidentes Mortais, Acusação, Ajudem minha Filha, Alma Selvagem, Bem-Amada, Blackout – Apague da Memória, Clara Cria Cuervos, Crianças de Domingo, Desafiando os Limites, Despertar de um Homem, Dias de Violência, Do que o Ódio é Capaz, Eclipse Total, Em Nome do Amor, Entre Elas, Falsa Moral, Fanny e Alexandre, Feios,Sujos e Malvados, Felicidade, Longa Jornada, Noite Adentro, Mamãe faz Cem Anos, Marcas do Silêncio, Menina Bonita, Meninos não Choram, Mentiras Inocentes, Minha Filha, Nó na Garganta, Noite de Fúria, Noites Tranqüilas, Nunca Fale com Estranhos, O Caso Eric Towsend, O Padre, O Porteiro da Noite, O que ficou na Lembrança, O Viajante, Os Silêncios do Palácio, Pai Patrão ,Paisagem na Neblina ,Papai me Machucou, Parente...é serpente, Presa do Silêncio, Providence, Quando se Perde a Visão, Regras da Vida, Segredo de Mary Reilly, Terapia do Prazer Testemunha do Silêncio, Traída pela Justiça, Três Semanas e uma Noite, Tristana, uma Paixão Mórbida, Um Dia para não Esquecer, Um Lugar para ser Amado, Violação Fatal, Retratos de uma Obsessão, Lembranças Macabras.A Excêntrica Família de Antonia 195. 98 min Mundial Filmes - A Família. América Vídeo Filmes - A Ira de um Anjo 1992. 100 min - A Maçã. 1998 - A Mão do Desejo. 1994 90 min Fast Filmes - A Sombra da Dúvida. 193 107 min Look Filmes - A Vida é Bela 1998 116 min - Aborto Legal (Profissionais de Sa´de) 32 min ECOS - Abuso Sexual 190 130 min. - Acidentes Mortais . Hallmark - Acusação. 132 min Top Tape - Ajudem Minha Filha. 1990 94 min - Alma Selvagem. 117 min. América Vídeo Filme - Bad Boy. 110 min Top Tape - Beloved – Bem amada. 1998 171 min - Blackout – Apague da Memória. 90 Paris Video - Central do Brasil 1998 112 min - Clara, 1988 108 min Warner Home Vídeo - Cria Cuervos 1976 105 min Look Videos - Crianças de Domingo 1992 118 min Top Vídeo - Desafiando os Limites, 1995 120 min Lumière Vídeo - Despertar de um Homem 1993 125 min Top Tape - Dias de Violência. Mundial Filmes - Do que o ódio é capaz. 1985 100 min Home vídeo - Doze Homens e uma sentença 1997 95 min 32 min - Eclipse Total 1995 132 min LKTel Vídeo - Em nome do amor 1996 120 min Hallmark - Entre Elas 1994 86 min Top Tape - Falsa Moral 1996 91 min Look Filmes - Fanny e Alexandre 1982 179 min Vídeo Pole - Feios Sujos e Malvados 113 min Flash Star Home vídeo - Felicidade 1998 - Festa de Família 1998 - Garota Interrompida - Leolo, Porque eu Sonho 1992 Top Tape - Lolita 1997 137 min - Lolita 1962 152 min Preto e Branco 1993 - Longa Jornada noite adentro 1962 136 min Paris Vídeo Filmes - Mamãe faz cem anos 1990 100 min Look Vídeo - Marcas do Silêncio 1996 104 min Paly Ate Home Vídeo - Menina Bonita. - Meninos Não Choram - Mentiras Inocentes, 1995 88 min Top Tape - Minha Filha. - Na corda bamba.1997 - Nasce uma cantora – morre um sonho 1988 100 min Alvorada - Nó na garganta - Noite de Fúria 1995 100 min Betta Entertainment - Noites Tranquilas - Nunca Fale com Estranhos 102 min Home Vídeo/Columbia Tristar - O caso Eric Towsend 94 min. Axis Films - O clube de felicidade e da sorte Abril Vídeo - O Padre 1995 105 min Top Tape - O porteiro da noite 1974 115 min Jovem Pan - O que ficou na lembrança 1998 94 min - O viajante 113 min Paris vídeo filmes - Os silêncios do palácio 1994 127 min - Pai Patrão 113 min F. J. Lucas vídeo - Paisagem na neblina 1988 126 min look Video - Papai me machucou 1990 94 min CIC Vídeo - Parente ... é serpente 1993 100 min look Filmes - Presa do Silêncio 1986 104 min Nacional Vídeo - Providence 1977 104 min Look Video - Quando se perde a ilusão - Querem me Enlouquecer 1987 116 min - Rainha bandida 194 119 min Flahs Star Home video - Regras da Vida - Segredo de Mary Reilly 108 min Columbia Star - Série Caminhos Lacri 1993 www.usp.br/ip/laboratorios/lacri - Shine 1996 130 min Abril Video - Tempo de Matar 150 min Warner - Temporada de Caça 1997 113 min Europa Filmes - Terapia do Prazer - Terras perdidas 1999 106 min Warner home video Brasil - Testemunha do silêncio 1994 103min Warner home video Brasil - Traída pela justiça 1994 95 min Califórnia home vídeo - Três semanas e uma noite 99 min Abril Vídeo - Tristana, uma paixão mórbida 1970 105 min F. J. Lucas/Concorde - Um dia de Fúria 1992 113 min Warner Bros. - Um dia em Nova York 1996 120 min. - Um dia para não esquecer 1991 90 min Vídeo Arte do Brasil - Um lugar para ser amado, a verdadeira historia de Gregory Kingsley 1993 95 min Sunset Filmes - Violação Fatal 1989 98 min Vídeo Ban Discovídeo - Virgínia 100 min NTSC - O amor e a Fúria (Violência Doméstica) - Casa de Vidro - A Voz do Coração p/ educadores – disciplina - O Lenhador (pedófilia) - O inimigo em casa – Violência psicológica - O silêncio de Melinda – Abuso sexual para professores